PERSEGUIÇÃO DO JUDEUS NO REINO UNIDO ANTES DA SEGUNDA GUERRA
Antissemitismo social, políticas migratórias restritivas e bloqueio à imigração judaica — especialmente na Palestina sob domínio britânico.
Mesmo sendo um dos futuros líderes na luta contra Hitler, o Reino Unido manteve fortes limitações à entrada de judeus perseguidos antes e durante a Segunda Guerra Mundial.
Antissemitismo interno
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Havia movimentos antissemitas ativos, como a British Union of Fascists, de Oswald Mosley, que promovia propaganda semelhante à dos nazistas.
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Partes da elite britânica viam judeus como “estrangeiros indesejáveis”.
Governo de Winston Churchill
Embora Churchill seja lembrado como grande inimigo do nazismo, sua administração:
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Não flexibilizou significativamente as políticas migratórias para judeus europeus.
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Manteve restrições severas relacionadas à Palestina.
Palestina sob Mandato Britânico
A Palestina era controlada pelo Reino Unido desde 1920 e, apesar das perseguições nazistas, Londres:
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Impedou a entrada de grande número de judeus, especialmente a partir de 1939, com o Livro Branco.
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O White Paper (Livro Branco) limitava a apenas 75.000 judeus em 5 anos toda a imigração — um número muito pequeno considerando que milhões estavam fugindo da Europa.
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Após essas cotas, a imigração só seria permitida com consentimento árabe, praticamente impossível de obter.
Esse documento britânico ficou famoso por negar refúgio a judeus enquanto o genocídio se intensificava.
Bloqueio naval
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Durante a guerra, o Reino Unido interceptou navios de refugiados judeus tentando chegar à Palestina.
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Muitos desses refugiados foram detidos em campos britânicos em Chipre ou devolvidos.
Síntese
O Reino Unido, apesar de combater Hitler militarmente, foi:
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Omissos ao negar imigração judaica em seu território e na Palestina.
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Criador de políticas que barraram sobreviventes que tentavam escapar.
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Hostil a movimentos sionistas, que viam como ameaça ao controle político da região
