Brasil (Era Vargas)
Política imigratória racista, restrição sistemática à entrada de judeus e alinhamento ideológico parcial com regimes autoritários europeus.
Durante o governo de Getúlio Vargas (1930–1945), especialmente no período do Estado Novo, o Brasil adotou políticas que dificultaram ou impediram a entrada de judeus que fugiam do nazismo.
Critérios raciais
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A política imigratória brasileira era influenciada por ideias de “eugenia” e “branqueamento”.
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Judeus eram classificados como “indesejáveis”, considerados “desarmoniosos” para o “projeto racial” do governo.
Restrições do Itamaraty
O Itamaraty aplicava critérios altamente restritivos:
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Negava vistos a judeus europeus, mesmo quando estavam em risco iminente.
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Circulares internas determinavam expressamente:
“Evitar a imigração de semitas.”
Esse documento aparece em vários arquivos diplomáticos da época.
Casos documentados
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Diplomatas brasileiros na Europa recebiam ordens para não conceder vistos a famílias judias — mesmo quando outras nações já reconheciam o perigo nazista.
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O Brasil rejeitou pedidos de entrada de judeus em momentos críticos (1937–1942), período em que muitos ainda poderiam ter sido salvos.
Clima político
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O Brasil flertou ideologicamente com regimes fascistas nos anos 1930.
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O governo temia que judeus fossem “agitadores políticos” ou “elementos comunistas”.
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Essa desconfiança serviu de justificativa para barrar refugiados
