América Primeiro" ou "Brancos Primeiro"? O Relatório de Inteligência que Abala a Política de Refugiados de Trump
Um explosivo relatório de inteligência revelou o que seriam planos do governo do Presidente Donald Trump para reestruturar drasticamente o programa de admissão de refugiados dos EUA, dando prioridade implícita a requerentes brancos e europeus, enquanto mantém um limite anual em níveis historicamente baixos.
O documento, supostamente obtido pelo veículo, sugere que as mudanças estão alinhadas com uma política de imigração que visa "ajudar principalmente pessoas brancas que dizem estar sendo perseguidas, ao mesmo tempo em que mantém a grande maioria das outras pessoas de fora".
A notícia reacende o debate sobre o uso de critérios étnicos e ideológicos na definição de quem tem direito a refúgio no "país da liberdade".
O Plano de Priorização Revelado
Segundo o serviço de inteligência, a proposta foi elaborada por autoridades do Departamento de Estado e do Departamento de Segurança Interna, seguindo a diretriz de Donald Trump para avaliar se o reassentamento de refugiados atendia aos "interesses americanos".
Os pontos centrais da mudança de política incluem:
"Capacidade de Integração": Seria exigido que os candidatos demonstrassem uma capacidade predefinida de integração à sociedade americana, incluindo a participação em aulas sobre valores e história dos EUA. Críticos veem isso como uma barreira cultural seletiva.
Prioridade a "Alvos Online": O documento sugere priorizar europeus que são "alvos para expressão pacífica de opiniões online, como oposição à migração em massa ou apoio a partidos políticos 'populistas'".
O relatório sugere que essa linguagem é uma referência velada a grupos de direita, como o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), conhecido por sua postura anti-imigração e outros espalhado pelo mundo.
Filtragem por Ideologia e Origem: Essencialmente, o plano transformaria a política de refugiados de um mecanismo humanitário universal para um instrumento de política externa e doméstica, favorecendo grupos que se alinham ideologicamente com o establishment conservador de Donald Trump e que se encaixam em uma percepção de "perseguição branca".
De 125.000 a 7.500: A Restrição em Andamento
Mesmo antes da finalização deste plano, o governo Trump já implementou restrições severas ao Programa de Admissão de Refugiados dos EUA (USRAP). A política mais recente suspendeu o programa e propôs um limite anual recorde de apenas 7.500 admissões.
Essa redução é drástica quando comparada ao limite do governo anterior, que era de 125.000, e contrasta com o pico histórico de décadas passadas.
A Casa Branca argumenta que a restrição visa proteger as fronteiras e priorizar a segurança interna.
Mas segunda relatórios de serviço de inteligência, no entanto, os críticos veem isso como parte de uma agenda mais ampla de redução da imigração de países não europeus ou de brancos, estilo ideologia nazista e fascista.
Precedente Sul-Africano: O Caso Afrikaner
O relatório de inteligência destaca que algumas iniciativas de priorização já foram implementadas. O governo dos Estados Unidos de Donald Trump agiu para priorizar africâneres (agricultores brancos sul-africanos) que buscavam asilo nos EUA alegando perseguição racial na África do Sul.
Essa iniciativa seguiu-se a alegações rejeitadas pelo Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que insiste que aqueles que deixam o país não são refugiados legítimos.
O caso sul-africano serve como um precedente de como a Casa Branca pode utilizar o programa de refugiados para intervir em disputas internas de países estrangeiros com base em critérios de raça.
O Silêncio da Casa Branca
O Presidente Trump, que repetidamente acusou o NYT de disseminar informações falsas (fake news), não respondeu diretamente ao relatório.
Contudo, o vazamento, expõe uma política que, para muitos, é a confirmação de que a administração está usando a ideologia de "América Primeiro" como disfarce para uma abordagem que prioriza a etnia e a afiliação política dos requerentes de asilo e não a segurança nacional.
A política de refugiados, concebida para proteger os mais vulneráveis do mundo, está, segundo o relatório, sendo reescrita para selecionar quem o governo considera "melhor apto" – ou, mais precisamente, "mais branco" – para a sociedade americana.
Qual o futuro do direito de refúgio global se as maiores potências mundiais começam a filtrar refugiados com base em raça e ideologia política?
