6/08/2025

CRISE NA CACAU SHOW:

 

CACAU show

Crise na Cacau Show: 

Quando a liderança vira o maior risco da empresa

A gigante da chocolataria brasileira vive turbulência inegável. 

O modelo de negócios idealizado por Alexandre Costa — da “venda direta” ao império de mais de 3.000 lojas — está ameaçado por denúncias de gestão centralizadora, reclamações de franqueados, fechamento de unidades e problemas operacionais graves.


Franqueados reclamam: abandono, canibalização e promessa não cumprida

Segundo relatos de ex-franqueados do modelo, a expansão da Cacau Show exigiu “aventuras” financeiras dos franqueados:

“franquias vendem o mundo pra vc… mas demoramos 5 meses pra entrar no break even” mundodomarketing.com.br+15reddit.com+15reddit.com+15

Muitos fecharam em menos de um ano:

“tiveram umas 2 bem perto… abriram e fecharam em menos de 1 ano” reddit.com

O modelo de negócio saturado aliados ao alto investimento inicial de até R$ 300 mil, deixou franqueados sem suporte do franqueador quando as vendas não decolavam.


Interdições e falhas operacionais: exemplo em Guarulhos

Em 2023, o Procon interditou uma unidade por condições “insalubres”: 

1) Presença de roedores, 

2) Produtos vencidos, 

3) Irregularidades trabalhistas 

4) Especialmente exploração de funcionários.

 A Cacau Show fechou a loja e rescindiu o contrato, afirmando que “siga estritamente a legislação e compromisso com o franqueado” reddit.com+15fevereiroecruz.com.br+15reddit.com+15

Mas o caso levantou questões sobre falta de fiscalização interna real pela franqueadora.


Altos custos, baixos resultados: quem paga a conta?

O investimento mínimo (container + estoque) ficava entre R$ 30 mil a R$ 300 mil, com alto, custo fixo. 

Muitos franqueados enfrentavam:

  • Alta taxa de rotações de estoque (sobremesas sazonais)

  • Vendas médias “sobrevivência”

  • Concorrência intensa entre unidades da própria marca (“canibalização”)

Revelações do próximo CEO (comentário de 2024) mostram que oficialmente a rede tinha mais de 2.000 lojas, mas estimativas independentes apontavam.


O silêncio sobre abusos de poder

Há relatos silenciosos sobre pressões operacionais, metas agressivas e exceções de contrato impostas aos franqueados

Sem transparência ou canal de denúncia efetivo (diferente do caso de Guarulhos), há uma sensação geral de predominância do interesse da matriz sobre a sustentabilidade dos franqueados.


Oportunidade para concorrentes

Enquanto a Cacau Show navega em crise interna, marcas como Dengo, Nestlé/Garoto, Ferrero, além de chocolate bean‑to‑bar nacionais, apostam em:

A falha da Cacau Show em expandir canteiros de cultivo (apenas 3% de cacau provindo de fazendas próprias) exame.com também acende oportunidade para competidores se posicionarem como mais autossuficientes.


Riscos reais: de crise de imagem ao fechamento

A crise da rede — casos de interdições, falência de franqueados, insatisfação pública e liderança insensível — corre riscos concretos de:

  • Perda de confiança do público e investidores

  • Dificuldade de renovação contratuais com franqueados

  • Queda de faturamento em datas-chave (Páscoa, Dia das Mães)

  • Concorrência ganhando terreno

Se a liderança não agir rápido para reconhecer equívocos, resgatar valores e renovar processos, a Cacau Show corre risco de perder parte considerável do mercado ou mesmo fechar unidades— abrindo espaço para outras marcas assumirem sua fatia.

A crise da Cacau Show é um alerta para o setor de franquias — quando uma liderança forte vira tirania, é o franqueado quem paga a conta. 

O modelo que antes parecia exemplar falha ao lidar com expansão, governança e responsabilidade social.

Outras marcas de chocolate já começam a ocupar o espaço deixado por essa crise — com estratégias mais modernas, humanas e alinhadas ao perfil atual do consumidor.


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