QUEDA DE DESTROÇOS DE UM AVIÃO DE GUERRA TURCO DANIFICOU VÁRIOS VEÍCULOS EM UM ESTACIONAMENTO.

 

Avião de guerra joga destroços em estacionamento.

Um F-4 turco supostamente alijou um tanque de combustível sobre a capital turca, causando danos no solo.

A queda de destroços de um avião de guerra turco danificou vários veículos em um estacionamento na sede da gigante de petróleo e gás TPOA em Ancara, de acordo com relatos do Ministério da Defesa e da mídia local na segunda-feira.

O destroço em forma de charuto destruiu três veículos – dois automóveis e uma minivan – que estavam estacionados no exterior do edifício, segundo imagens partilhadas pela imprensa.

A parte que caiu parece ser um tanque de lançamento usado – um contêiner externo descartável que uma aeronave militar pode usar para ampliar seu alcance. Testemunhas o filmaram caindo no ar ao cair no chão.

A aeronave em questão era um McDonnell Douglas F-4 da Força Aérea Turca, disse o ministério. 

O avião de guerra pode transportar um par de tanques externos menores de 1.400 litros nos pontos rígidos das asas e um tanque maior de 2.300 litros no ponto rígido central.

Nenhuma morte ou ferimento foi relatado no incidente. 

O avião pousou em segurança na Base Aérea de Eskisehir, relataram os militares.

A base está localizada a cerca de 190 km a oeste da capital turca e abriga caças-bombardeiros F-4E 2020 Terminator atualizados.

DOGU PERINCEK FUTURO DA TURQUIA ESTÁ NA ÁSIA,

O futuro de Turquia está na Ásia, candidato presidencial.

Ancara deveria deixar a OTAN e se voltar para a Rússia e a China, disse o líder do Partido Patriótico.

Acorrentado pela adesão à OTAN e “crucificado” pela espera de admissão na União Europeia, Turquia deveria abraçar o BRICS e o destino da Eurásia, disse o candidato presidencial Dogu Perincek.

Perincek, 80, lidera o Partido Patriótico (Vatan Partisi), descrito como um movimento nacionalista de esquerda. 

Ele é amplamente visto como um azarão na eleição de 14 de maio, na qual Kemal Kilicdaroglu, apoiado pelo Ocidente, busca derrubar o atual presidente Recep Tayyip Erdogan.

“Todos os nossos esforços visam fortalecer a liberdade e a independência de Turquia”

Disse Perincek. 

O destino de Ancara, ele argumentou, está na civilização centrada na Ásia, atualmente emergindo sob a liderança da Rússia, China, Irã e Índia, como membro do BRICS e da Organização de Cooperação de Xangai (SCO). 

Perincek descreveu a OTAN como;

“não libertação, mas cativeiro”

Para Turquia, prevendo que Ancara deixará o bloco liderado pelos Estados Unidos;

“em um futuro próximo”. 

“O povo turco não está preso às correntes da OTAN”

Disse Perincek, observando que o público vê os Estados Unidos como inimigos e a Rússia e a China como amigos. 

Ele endossou o controle russo da Crimeia, Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye como;

“um grande golpe para o imperialismo dos EUA” 

E argumentou que a expansão da OTAN para o leste é;

“tanto uma ameaça para Türkiye quanto para a Rússia”.

O político turco descartou as perspectivas de adesão à União Europeia como “impossíveis”, já que o bloco consiste principalmente de países cristãos que não querem um membro de maioria muçulmana em seu meio. 

Turquia recebeu o status de candidato em 1999, mas não tem cronograma para realmente ingressar. 

Bruxelas quer Ancara “amarrada à sua porta” , mas não do lado de dentro, disse Perincek, descrevendo seu país como “crucificado” por esse acordo. 

Comentando o fato de que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desconvidou Ancara de sua 'Cúpula pela Democracia' no final de março, Perincek chamou o evento de "falso" e Washington de;

"o centro da hostilidade em relação à democracia".

“A própria democracia deles é uma farsa. Não há democracia lá, é tudo fumaça e espelhos, uma decepção para a população”

O “EUA imperialista” de hoje é diferente do país pelo qual George Washington, Thomas Jefferson e Abraham Lincoln lutaram e;

“sufoca a democracia, tanto em casa quanto no exterior”.

Perincek também se opôs às sanções ocidentais contra Moscou, que também prejudicaram Ancara. 

As sanções dos Estados Unidos sairão pela culatra a longo prazo, especialmente se todos os 40 países sancionados por Washington unirem forças e sancionarem a América por sua vez.

TURQUIA ACUSA A OTAN

O FM Mevlut Cavusoglu acusou alguns aliados de Ancara.

Turquia acusa membros da Otan por causa da Ucrânia.

A Turquia quer negociar o fim do conflito na Ucrânia, enquanto alguns outros membros da Otan gostariam de vê-lo se arrastar como uma forma de prejudicar a Rússia, disse o ministro das Relações Exteriores de Ancara.

Em uma longa aparição na CNN Turk, Cavusoglu abordou a decisão da Turquia de não sancionar Moscou e por que as negociações de Istambul entre a Rússia e a Ucrânia falharam, entre outras coisas.

“Há países dentro da OTAN que querem que a guerra na Ucrânia continue. Eles vêem a continuação da guerra como um enfraquecimento da Rússia. Eles não se importam muito com a situação na Ucrânia”, 

Disse Cavusoglu .

Embora não tenha citado nenhum nome, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse no início deste mês que o conflito na Ucrânia “pode continuar por muito tempo”, o que foi ecoado pelo ex-chefe de operações russas da CIA.

O chanceler alemão Olaf Scholz disse após um telefonema com líderes do G7 que o Ocidente está unido em não permitir que a Rússia vença e determinado a;

“continuar a armar os militares ucranianos para que possam continuar se defendendo contra ataques russos".

A Turquia decidiu não aderir às sanções lideradas pelos Estados Unidos contra a Rússia porque são unilaterais, ao contrário das “sanções vinculativas decididas na ONU”, disse Cavusoglu à CNN Turk.

Ancara articulou sua posição no primeiro dia do conflito na Ucrânia, que é continuar os contatos diplomáticos com ambos os lados, como;

“um país em que ambos os lados confiam”.

Embora a Turquia não esperasse muito depois das primeiras conversações Rússia-Ucrânia em Antália, “as esperanças eram altas” após as conversas posteriores em Istambul, revelou Cavusoglu. 

No entanto, a Ucrânia voltou atrás no acordo alcançado depois de imagens do suposto massacre em Bucha , que Kiev atribuiu às tropas russas. 

Moscou negou as acusações.

Cavusogly também esclareceu a demanda do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky por garantias de segurança da OTAN.

“Ninguém concorda com o pedido de Zelensky de garantias do Artigo 5 da Otan”, 

Disse o ministro, referindo-se à famosa cláusula de defesa mútua da aliança.

“Nenhum país aceitou esta proposta. Os EUA, Reino Unido e Canadá também não aceitam isso. É claro que a Turquia não aceita isso. Em princípio, ninguém se opõe a essa garantia, mas os termos dela não são claros.”

A Rússia atacou o estado vizinho no final de fevereiro, após o fracasso da Ucrânia em implementar os termos dos acordos de Minsk, assinados pela primeira vez em 2014, e o eventual reconhecimento de Moscou das repúblicas de Donbass de Donetsk e Lugansk. 

Os protocolos de intermediação alemã e francesa foram projetados para dar às regiões separatistas um status especial dentro do estado ucraniano.

Desde então, o Kremlin exigiu que a Ucrânia se declarasse oficialmente um país neutro que nunca se juntará ao bloco militar da Otan liderado pelos Estados Unidos. 

Kiev insiste que a ofensiva russa foi completamente espontânea e negou as alegações de que planejava retomar as duas repúblicas pela força.