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8/03/2025

ABERTURA DA CHINA PARA O CAFÉ BRASILEIRO

 

Café brasileiro

A abertura da China para o café brasileiro

Em resposta às tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre o café brasileiro, a China aprovou 183 exportadores do Brasil a partir de 30 de julho de 2025, com licenças válidas por cinco anos — um movimento estratégico que oferece maior estabilidade e diversificação aos exportadores brasileiros.

Entre janeiro e junho de 2025, o Brasil exportou cerca de 538 mil sacas de 60 kg para a China, frente a mais de 8 milhões enviadas aos EUA no ano anterior — ou seja, quase um terço do consumo norte-americano.

Historicamente, em 2023, as exportações brasileiras para a China cresceram 275%, chegando a cerca de 1,48 milhão de sacas, tornando-se o 6º destino global

Em 2024, os embarques subiram quase 40%, e estima-se que em 2025 eles ultrapassem facilmente 2 milhões de sacas.

Além disso, parcerias como a da cadeia Luckin Coffee (mais de 16.000 lojas) garantem compra de cerca de 120 mil toneladas de café (aproximadamente US$ 500 milhões), reforçando o canal direto entre Brasil e o consumidor chinês.


A fúria do “terrorismo econômico” na imprensa oficial brasileira

A imprensa tradicional, como rede Globo e bandeirantes e o SBT, em canais associados ao poder — tem retratado as tarifas dos EUA como catástrofes inevitáveis, prevendo colapso econômico no Brasil e concentração de perdas nos exportadores. 

Essa narrativa foca em instabilidades políticas e fiscais, mas muitas vezes ignora os caminhos alternativos via Ásia e União Europeia.

Enquanto isso, o governo chinês e empresas privadas estão criando uma nova demanda por café, buscando fornecedores confiáveis como o Brasil, e mesmo incentivando programas culturais e comerciais que destacam a origem brasileira do produto.


Visão estratégica: China como oportunidade real

  • China agora lidera como destino estratégico para o café brasileiro, com rankings subindo rapidamente e consumo per capita que dobrou em 5 anos — crescendo cerca de 20% ao ano.

  • A mudança geopolítica causada pelos incêndios tarifários dos EUA empurrou o Brasil a diversificar exportações. China e UE absorvem o volume excedente com tarifas zero e alta demanda por qualidade e variedade.

  • O acordo com a Luckin e investimento por parte da Mixue Group — cerca de 4 bilhões de yuans para importações brasileiras nos próximos anos — confirmam o apetite crescente por cafés brasileiros, inclusive de origem sustentável e especial.

EUA vs. China no mercado de café

MarketVolume anual (sacas 60 kg)Valor aproximado (US$)Crescimento recente
Estados Unidos~8 milhões (pre‑tarifa)~US$ 4,4 bilhõesDeclínio esperado por tarifas ≈ 50%
China~538 mil (H1/2025), >2 mi estimadas para anoCrescente, já centenas de milhõesExportações subiram 275% em 2023 e ~40% em 2024

O recuo imposto pelo bloqueio dos EUA força consumidores americanos a buscar fontes alternativas, mas dificilmente compensará rapidamente o volume brasileiro perdido. 

Consumidores na China e até Europa já estão absorvendo esse excesso de oferta brasileira, especialmente nos cafés especiais com apelo de sustentabilidade e rastreabilidade, com isso mesmo que governo americano tente mudar as tarifas, parece que vai ser difícil para os americanos conseguir recuperar o café brasileiro. 


Oportunidade ou crise?

Apesar das narrativas alarmistas, a verdadeira abertura de mercado está acontecendo no Oriente, não no outro lado do Atlântico. 

A China, consumidora emergente com milhões de novas cafeterias e preferência crescente pelo café, se apresenta como a principal saída para os exportadores brasileiros, com bilhões de chineses a frente a 300 mil pessoas dos Estados Unidos.

Enquanto isso, o governo brasileiro pode (e deve) capitalizar essa oportunidade diplomática e comercial, reduzindo dependência do mercado dos EUA e valorizando diplomacia econômica mais pragmática.

8/02/2025

CHINA SERÁ MAIOR ECONOMIA DO MUNDO ATÉ 2028

China

China Ruma à Liderança Econômica Global Até 2028 Apesar de Desafios Climáticos e Econômicos

A próxima superpotência: China se prepara para ultrapassar os EUA até 2028

A República Popular da China, frequentemente apontada como a próxima potência econômica global, está a poucos passos de ultrapassar os Estados Unidos e assumir o posto de maior economia do mundo até 2028 e isso é irreversível.

No entanto, este caminho não é isento de obstáculos. 

O país enfrenta hoje uma combinação desafiadora de desaceleração econômica, impacto climático severo e tensões comerciais internacionais.

Medidas do governo para reverter a desaceleração

Com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em ritmo mais lento do que o esperado nos últimos trimestres, o governo chinês tem adotado uma série de estratégias para fomentar a atividade econômica. 

Entre as principais medidas estão:

O objetivo é claro: estimular o mercado interno para compensar a desaceleração das exportações e gerar um modelo de crescimento mais sustentável e resiliente.

Impacto das mudanças climáticas na economia chinesa

Nos últimos anos, a China também tem sido severamente afetada por eventos climáticos extremos

Inundações históricas, secas prolongadas e ondas de calor vêm afetando a infraestrutura, o setor agrícola e a produção industrial.

  • As enchentes no centro do país em 2023 causaram mais de US$ 20 bilhões em prejuízos e desalojaram milhares de pessoas;

  • O sul da China enfrentou temperaturas recordes, resultando em apagões e escassez de água;

  • As perdas agrícolas aumentaram a pressão sobre a inflação e os preços de alimentos.

Essa instabilidade climática representa um desafio adicional para um país que depende da infraestrutura pesada e da produção em massa como motores de crescimento.

A estratégia da China para manter sua ascensão

Apesar dos desafios, a China segue apostando em seu projeto de liderança global. 

Através da Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), Pequim está conectando-se a dezenas de países por meio de investimentos em infraestrutura, consolidando sua influência econômica e política global.

Além disso, o avanço das moedas digitais estatais — como o yuan digital — visa fortalecer a soberania monetária chinesa, BRICs ee diminuir a dependência do sistema SWIFT dominado pelos EUA e de futuras sansões e uma alternativa ao sistema americano.

A força do modelo chinês sob pressão

Mesmo enfrentando desafios internos e externos, a China continua trilhando o caminho para se tornar a maior economia do mundo. 

Com políticas de estímulo interno, diplomacia econômica e inovação tecnológica, o país aposta na resiliência de seu modelo híbrido — um capitalismo com planejamento estatal — para sustentar seu crescimento até ultrapassar os Estados Unidos.

Por outro lado, os impactos das mudanças climáticas, as tensões geopolíticas e a necessidade de reformas estruturais permanecem como fatores críticos para determinar o sucesso da China em sua jornada até 2028.

7/26/2025

CALOTE SILENCIOSO DOS ESTADOS UNIDOS NA OMC

 

Dívida americana OMC

O Calote Silencioso dos EUA na OMC e a Hipocrisia da Imprensa Oficial

A Dívida Oculta de uma Superpotência

Os Estados Unidos, é uma das maiores economia do mundo, atrás da china é um dos pilares do sistema de comércio global, estão em dívida com a Organização Mundial do Comércio (OMC). 

Mais do que uma simples pendência financeira, essa situação levanta sérias questões sobre a credibilidade das instituições internacionais, a seletividade da imprensa oficial e a própria soberania das regras do comércio. 

Enquanto a mídia tradicional frequentemente aponta o dedo para países em desenvolvimento, como a China e os membros dos BRICS, por supostas práticas comerciais desleais, o "calote" americano na OMC passa quase despercebido. 

O Detetive Luz mergulha nesse dossiê para desvendar a realidade por trás dessa dívida, a complacência da imprensa e a possibilidade, antes impensável, de os Estados Unidos serem expulsos da OMC.

A Dívida dos EUA com a OMC: Um Histórico de Desafios.

A dívida dos Estados Unidos com a Organização Mundial do Comércio (OMC) não se refere a um empréstimo ou calote no sentido tradicional, mas sim ao não pagamento de suas contribuições financeiras obrigatórias para o funcionamento da organização. 

Os EUA, como uma das maiores economia atrás da China e um dos membros mais influentes da OMC, deveriam contribuir com uma parcela significativa do orçamento da entidade, baseada em sua participação no comércio global. 

No entanto, há anos o país tem atrasado ou se recusado a pagar suas quotas, acumulando uma dívida que já ultrapassa dezenas de milhões de dólares.

Essa postura dos Estados Unidos é parte de uma estratégia mais ampla de questionamento do multilateralismo e das instituições internacionais, especialmente durante a administração Trump, que adotou uma política de "América Primeiro".

 A OMC, em particular, tem sido alvo de críticas por parte dos EUA, que a acusam de ser ineficaz e de não conseguir conter as práticas comerciais consideradas desleais por outros países, como a China e os BRICs.

Essa insatisfação levou os EUA a bloquear a nomeação de novos juízes para o Órgão de Apelação da OMC, paralisando o sistema de solução de controvérsias da organização.

O não pagamento das contribuições é uma forma de pressão e deslegitimação da OMC, buscando forçar reformas que atendam aos interesses americanos e não do livre comércio.

No entanto, essa atitude enfraquece a organização e o sistema de comércio baseado em regras, prejudicando a capacidade da OMC de arbitrar disputas e promover um comércio justo e livre. 

A dívida, portanto, é um sintoma de uma crise de confiança e de um embate ideológico sobre o futuro da governança global do comércio.

A Imprensa Oficial e a Narrativa Seletiva: O Caldeirão da Hipocrisia

É notável como grande parte da imprensa oficial, especialmente a ocidental, adota uma narrativa seletiva ao abordar as questões do comércio internacional. 

Enquanto os Estados Unidos acumulam dívidas com a OMC e adotam medidas protecionistas, como a imposição de tarifas sobre produtos de diversos países, a cobertura midiática muitas vezes direciona o foco para as supostas práticas comerciais desleais da China e de outros membros dos BRICS. 

A China, a maior economia do mundo, em particular, é frequentemente retratada como a grande vilã do comércio global, acusada de manipulação cambial, subsídios estatais e roubo de propriedade intelectual.

Essa abordagem desequilibrada cria um caldeirão de hipocrisia, onde as ações dos EUA são minimizadas ou justificadas, enquanto as de seus concorrentes são amplificadas e condenadas. 

A imprensa oficial, ao invés de apresentar uma análise imparcial dos fatos, parece endossar a agenda política de seus governos, servindo como um megafone para a retórica protecionista e anti-China. 

O "calote" americano na OMC, por exemplo, raramente ganha o mesmo destaque que as críticas direcionadas a Pequim ou a outros países em desenvolvimento.

Essa narrativa seletiva não apenas desinforma o público, mas também mina a confiança nas instituições internacionais e dificulta a busca por soluções multilaterais para os desafios do comércio global. 

Ao invés de promover um debate construtivo sobre as regras do comércio e a necessidade de reformas na OMC, a imprensa oficial contribui para a polarização e o acirramento das tensões comerciais, beneficiando os interesses protecionistas e prejudicando a cooperação internacional.

Expulsão da OMC: Um Cenário Antes Impensável, Agora Discutível

A possibilidade de os Estados Unidos serem expulsos da Organização Mundial do Comércio (OMC) era, até pouco tempo, um cenário impensável. 

No entanto, a persistência no não pagamento das contribuições e a postura de deslegitimação da organização têm levado alguns membros a considerar essa medida extrema.

 O presidente da Comissão de Comércio Internacional do Parlamento Europeu (Inta), Bernd Lange, afirmou recentemente que há discussões internas sobre a possibilidade de iniciar um processo para expulsar os Estados Unidos da OMC

Embora a expulsão de um membro seja um processo complexo e sem precedentes na história da OMC, a declaração de Lange reflete a crescente frustração de muitos países com a postura americana. 

A OMC opera com base no consenso, e o bloqueio americano à nomeação de novos juízes para o Órgão de Apelação tem paralisado o sistema de solução de controvérsias, tornando a organização ineficaz em sua função principal.

 Se a OMC não consegue arbitrar disputas e fazer valer suas regras, sua própria existência é questionada.

No entanto, a expulsão dos EUA traria consequências imprevisíveis para o sistema de comércio global. 

Os Estados Unidos são uma das maiores economia do mundo atrás da China e um dos principais atores no comércio internacional. 

Sua saída da OMC poderia levar a um colapso do sistema multilateral de comércio, com o aumento do protecionismo, a proliferação de acordos bilaterais e o acirramento das guerras comerciais. 

A decisão de expulsar os EUA seria um divisor de águas, com implicações profundas para a economia global e a geopolítica.

É importante notar que a OMC não possui um mecanismo claro para a expulsão de membros. 

Qualquer decisão nesse sentido exigiria um consenso entre os demais membros, o que seria extremamente difícil de alcançar, dada a diversidade de interesses e a influência dos EUA. 

No entanto, o fato de essa possibilidade estar sendo discutida publicamente já é um indicativo da gravidade da crise que a OMC enfrenta e da insatisfação de muitos países com a postura americana.

O Futuro do Comércio Global em Xeque

A dívida dos Estados Unidos com a OMC e sua postura de deslegitimação da organização são mais do que meras questões financeiras; são sintomas de uma crise profunda no sistema de comércio global. 

A hipocrisia da imprensa oficial, que minimiza as ações americanas enquanto critica veementemente outros países, apenas agrava o problema, impedindo um debate honesto e construtivo sobre o futuro do multilateralismo.

A possibilidade de os EUA serem expulsos da OMC, antes impensável, agora paira como uma ameaça real, com consequências imprevisíveis para a economia global. 

É fundamental que a comunidade internacional, incluindo a imprensa, assuma um papel mais ativo e imparcial na defesa de um sistema de comércio justo e baseado em regras. 

O Detetive Luz, ao expor essa realidade, busca acender um alerta para a necessidade de transparência, responsabilidade e um verdadeiro compromisso com a cooperação internacional. 

O futuro do comércio global está em xeque, e a verdade é a única ferramenta capaz de desvendar esse complexo enigma.

5/25/2025

COMO O REGIME DE DONALD TRUMP FEZ OS AGRICULTORES AMERICANOS PERDEREM BILHÕES DE DÓLARES

 


Agricultores Americanos Perderem Bilhões de dólares.

Enquanto o Brasil Lucrava em Dólares e Consolidava sua Liderança Mundial

A guerra comercial entre Estados Unidos e China, deflagrada durante o governo de Donald Trump, provocou uma profunda mudança na dinâmica do agronegócio global. 

Com a imposição de tarifas e sanções recíprocas, a China — maior compradora mundial de commodities agrícolas — reduziu drasticamente suas compras de produtos americanos, afetando principalmente a soja, milho e carne.

Enquanto os agricultores americanos acumulavam perdas bilionárias, os produtores brasileiros aproveitaram a oportunidade, fortalecendo parcerias com o gigante asiático, aumentando suas exportações e consolidando o Brasil como líder global na produção e exportação de alimentos.


A derrocada dos agricultores americanos: bilhões em perdas

1. A quebra da principal parceria comercial

Antes da guerra comercial, os Estados Unidos eram o principal fornecedor de soja para a China, exportando mais de US$ 14 bilhões anuais em grãos. 

Com o agravamento das tensões, a China reduziu suas compras e buscou novos fornecedores, especialmente o Brasil.

Essa decisão afetou duramente milhares de agricultores no meio-oeste americano — o chamado "Cinturão da Soja" — que enfrentaram:

  • Quedas vertiginosas no preço da soja no mercado interno;

  • Estocagem forçada de safras, por falta de compradores;

  • Endividamento crescente;

  • Aumento de pedidos de falência e suicídios entre produtores rurais.

2. O prejuízo em números

Segundo estimativas do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), a guerra comercial custou aos agricultores americanos mais de US$ 12 bilhões em vendas perdidas apenas entre 2018 e 2019. 

Para tentar conter a crise, o governo Trump criou pacotes de auxílio bilionários, mas muitos produtores consideraram que o apoio foi insuficiente para compensar as perdas.

3. Efeitos de longo prazo

A confiança da China nos EUA como fornecedor de alimentos ficou abalada. 

Mesmo após eventuais trégua ou negociações, Pequim buscou diversificar seus parceiros, reduzindo a dependência dos Estados Unidos e estimulando uma mudança estrutural no comércio agrícola global.


O Brasil aproveita a oportunidade e consolida sua liderança mundial

Enquanto os agricultores americanos sofriam, o agronegócio brasileiro viveu um dos seus melhores momentos históricos.

1. Brasil: duas safras por ano e competitividade máxima

A vantagem brasileira não está apenas na oportunidade momentânea, mas também na capacidade produtiva:

  • O Brasil é um dos poucos países no mundo com condições climáticas para realizar duas safras de grãos por ano — a safra de verão (principalmente soja) e a safrinha (milho e algodão).

  • A extensão territorial e a diversidade climática permitem a expansão contínua da área cultivada.

2. Parceria estratégica com a China

Com a redução das compras americanas, a China aumentou drasticamente as importações de soja brasileira

Em 2020, por exemplo, o Brasil exportou mais de 80 milhões de toneladas de soja, sendo mais de 70% destinadas à China.

Além da soja, o Brasil também passou a exportar mais milho, carne bovina e carne suína para o mercado chinês, consolidando-se como o principal fornecedor de proteínas e grãos para o país asiático.

3. Ganhos em dólares e liderança mundial

O resultado dessa nova configuração foi um boom de receitas para o agronegócio brasileiro:

O Brasil se consolidou como o maior exportador mundial de soja e disputa a liderança em outras commodities com países como EUA e Argentina.


A nova geopolítica do agronegócio

A guerra comercial provocou uma reconfiguração nas rotas globais de alimentos:

  • A China deixou claro que busca parceiros mais confiáveis e próximos;

  • O Brasil se tornou essencial para a segurança alimentar chinesa;

  • Os Estados Unidos, tradicional hegemonia agrícola, perderam espaço estratégico.

Essa mudança também reforçou a importância do agronegócio brasileiro como motor da economia nacional, responsável por cerca de 25% do PIB e por mais de 40% das exportações.


Desafios e críticas

Apesar do sucesso, o avanço do agronegócio brasileiro também levanta questões importantes:

  • Pressões ambientais sobre a Amazônia e o Cerrado devido à expansão da fronteira agrícola;

  • Críticas internacionais sobre sustentabilidade;

  • A necessidade de investimentos em infraestrutura para manter a competitividade.


A vitória brasileira e o declínio americano

A disputa comercial entre Estados Unidos e China transformou o Brasil no maior vencedor desse embate. 

Enquanto os agricultores americanos sofreram bilhões em perdas, enfrentando um mercado fechado e um futuro incerto, os produtores brasileiros surfaram na onda de demanda crescente, preços elevados e parcerias estratégicas.

O Brasil hoje não é apenas um fornecedor alternativo — é o principal elo na cadeia de abastecimento alimentar da China e, por extensão, do mundo.

O futuro dependerá de como cada país irá se adaptar:
Os EUA, buscando recuperar mercados e confiança;
O Brasil, equilibrando crescimento econômico e sustentabilidade ambiental.


4/20/2025

A CHINA PODE ABSORVER PRODUTOS DE PAÍSES AFETADOS POR TARIFAS DOS EUA?

 


Relatório Econômico: 

A China pode absorver produtos de países afetados por tarifas dos EUA?

1. Contexto Atual

Com a imposição de novas tarifas comerciais pelos Estados Unidos sobre diversos países (como Brasil, Colômbia, Venezuela e outras nações da Ásia e Europa), uma pergunta estratégica surge:

A China conseguiria substituir os EUA como principal comprador desses produtos?

Essa movimentação seria uma forma de fortalecer laços diplomáticos e reposicionar a China como maior player de importação e influência global, diante de um novo ciclo protecionista norte-americano.


2. Principais Produtos com Tarifas dos EUA

País afetadoProdutos taxados pelos EUAVolume anual aproximadoRisco de escoamento
BrasilSoja, carne bovina, minério de ferroUS$ 70 bilhõesAlto
ColômbiaPetróleo leve, café, carvãoUS$ 20 bilhõesMédio
VenezuelaPetróleo bruto, alumínioUS$ 15 bilhõesAlto
EuropaCarros, aço, vinho, eletrônicosUS$ 150 bilhõesMédio/Alto

3. Capacidade da China para absorver os produtos

Energia (Petróleo, carvão)

  • China é o maior importador mundial de energia.

  • Alta capacidade de absorção de petróleo venezuelano e colombiano, especialmente com pagamentos alternativos (como yuan ou ouro).

  • Desafios: sanções internacionais, qualidade do petróleo venezuelano, custos logísticos.

Commodities agrícolas (soja, carne, café)

  • China já substituiu parcialmente os EUA pelo Brasil na soja desde 2018.

  • Grande demanda interna por carne, café e grãos.

  • Capacidade de absorção: Alta, mas exige reforço logístico (portos, armazenagem, transporte interno).

Produtos industriais (carros, aço, eletrônicos)

  • Demanda chinesa existe, porém seletiva: tende a absorver produtos de alto valor agregado ou com escassez local.

  • Capacidade de absorção: Moderada, dependente de acordos bilaterais e compatibilidade técnica.


4. Logística e Infraestrutura

  • China tem um dos sistemas logísticos mais desenvolvidos do mundo (portos, ferrovias, rodovias).

  • Participação ativa na Iniciativa do Cinturão e Rota facilita novos acordos comerciais com países exportadores.

  • Possível uso de moedas locais e swaps cambiais para contornar sanções e evitar o dólar.


5. Desafios

DesafioImpacto potencial
Sanções e embargos dos EUAAlto
Acordos de longo prazo já existentesMédio
Capacidade de estocagem e distribuiçãoMédio
Disputas comerciais ou geopolíticasAlto

6. Oportunidades para a China

  • Aumentar influência global, tornando-se o novo "comprador de última instância".

  • Ampliar reservas estratégicas (alimentos, energia, metais).

  • Expandir moeda yuan como referência comercial, diminuindo a dependência do dólar.

  • Fortalecer laços com América Latina, África e Europa, criando blocos anti-sanção.


7. Conclusão

Sim, a China tem capacidade de absorver uma parte considerável dos produtos taxados pelos EUA, especialmente nas áreas de:

  • Energia (petróleo, carvão)

  • Commodities agrícolas (soja, carne, café)

No entanto, não conseguiria absorver tudo de forma imediata ou total, devido a:

  • Limitações logísticas e políticas

  • Riscos de retaliações e sanções

  • Capacidade interna de consumo

A tendência seria a redistribuição gradual dos fluxos comerciais globais, com a China se tornando o novo destino dominante para exportadores afetados, sobretudo em países da América Latina.



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