Estados Unidos
Antissemitismo institucional, política migratória restritiva e omissão diante do genocídio.
Mesmo sendo um dos líder dos Aliados, os EUA tiveram atitudes altamente restritivas e pouco acolhedoras em relação aos judeus perseguidos pela Alemanha nazista.
Antissemitismo dentro das instituições
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Universidades de elite como Harvard, Yale e Princeton aplicavam cotas para limitar a entrada de estudantes judeus desde os anos 1920.
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No governo, diplomatas do Departamento de Estado eram abertamente antissemitas e dificultavam a entrada de refugiados.
Era Franklin D. Roosevelt (FDR)
Embora Roosevelt tenha sido um presidente importante na derrota do nazismo, sua administração:
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Manteve políticas migratórias extremamente rígidas, mesmo sabendo das perseguições na Europa.
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Não flexibilizou cotas de imigração para permitir a entrada de judeus refugiados, apesar dos pedidos de organizações humanitárias.
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Só criou o War Refugee Board em 1944 — muito tarde, quando milhões já tinham sido assassinados.
Caso do navio St. Louis (1939)
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937 judeus fugindo da Alemanha nazista chegaram ao Caribe com vistos cubanos negados.
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Os EUA recusaram dar entrada ao navio, mesmo com vagas disponíveis dentro da cota anual da Alemanha.
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O St. Louis foi forçado a retornar à Europa, onde muitos passageiros acabaram mortos no Holocausto.
O caso é lembrado como um dos momentos mais sombrios da política externa americana no período.
Grupos fascistas internos
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Existia nos EUA o German-American Bund, organização pró-nazista que fazia comícios com suásticas, hinos e saudações de Hitler.
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Também havia movimentos como o Silver Shirts, de inspiração fascista.
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Antissemitismo era comum em rádios, igrejas e setores conservadores da sociedade.
Síntese
Apesar de serem posteriormente "os salvadores" na narrativa da guerra, os Estados Unidos:
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fecharam as portas para judeus que tentavam fugir do nazismo;
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tinham políticas e práticas institucionais antissemitas;
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foram omissos em aumentar imigração mesmo sabendo das deportações e massacres;
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possuíam grupos nazistas e simpatizantes ativos em território nacional.
