Ponto de Tensão: Politização e Lealdade
Não há informações que sugiram um golpe militar sendo planejado por generais americanos insatisfeitos com Donald Trump em 2025.
No entanto, há um tensão notória e crescente politização na relação entre a liderança civil do Pentágono, sob o governo Trump, e os oficiais de alta patente das Forças Armadas.
Essa tensão é resultado das tentativas do governo de alinhar o comando militar à sua agenda política e ideológica, o que gerou críticas e desconforto.
A insatisfação e o atrito entre o governo Trump e setores da alta cúpula militar se manifestam em várias frentes:
Demissões e Reformulação do Comando
Em fevereiro de 2025, o Presidente Trump demitiu o Presidente do Estado-Maior Conjunto, o general da Força Aérea C.Q. Brown, e afastou outros cinco almirantes e generais em uma reformulação da liderança militar.
A demissão do principal oficial militar do país foi amplamente vista como uma medida relacionada à lealdade e à recusa do general Brown em alinhar-se totalmente às políticas do governo, em particular a promoção de políticas de diversidade nas Forças Armadas.
A "Guerra Cultural" no Pentágono.
A insatisfação e o atrito entre o governo Trump e setores da alta cúpula militar se manifestam em várias frentes:
1. Demissões e Reformulação do Comando
Em fevereiro de 2025, o Presidente Trump demitiu o Presidente do Estado-Maior Conjunto, o general da Força Aérea C.Q. Brown, e afastou outros cinco almirantes e generais em uma reformulação da liderança militar.
A demissão do principal oficial militar do país foi amplamente vista como uma medida relacionada à lealdade e à recusa do general Brown em alinhar-se totalmente às políticas do governo, em particular a promoção de políticas de diversidade nas Forças Armadas.
2. A "Guerra Cultural" no Pentágono
O atual Secretário de Defesa (ou Secretário de Guerra), Pete Hegseth, tem sido a principal voz na promoção de uma agenda de "guerra cultural" dentro das Forças Armadas.
Em eventos com a presença de generais e almirantes, Hegseth criticou veementemente o chamado "politicamente correto" ou woke no Exército, exigindo o fim de programas de diversidade e inclusão, e chegou a dizer que os militares não devem se preocupar em "ferir os sentimentos de ninguém".
Ele também fez comentários polêmicos sobre padrões físicos, criticando "generais e almirantes gordos" e sugerindo que eles deveriam renunciar.
Tanto Trump quanto Hegseth deixaram claro que os oficiais que se sentissem "apertados" com a nova agenda deveriam renunciar, sugerindo que discordância política poderia levar ao fim de suas carreiras.
Ameaça de Uso Doméstico das Forças Armadas
Trump tem defendido abertamente uma mudança de doutrina, sugerindo que as Forças Armadas sejam usadas no combate interno contra o que ele chama de "invasão interna" e "inimigos" que "não usam uniformes".
Em discursos, ele defendeu enviar a Guarda Nacional, e possivelmente soldados regulares, para cidades sob comando democrata (como Chicago e Nova York) para "manter a ordem doméstica e a paz", um uso das Forças Armadas em política interna que é altamente controverso e incomum nos EUA.
O cenário atual é de politização e aparelhamento ideológico do Pentágono por parte do Executivo, e não de um risco de golpe militar por insatisfação dos generais.
A tradição militar americana é de subordinação ao controle civil.
Enquanto existe, sim, insatisfação entre muitos oficiais de carreira com a agenda de "guerra cultural" e a pressão por lealdade política, a reação mais provável de generais insatisfeitos é a renúncia silenciosa ou a demissão (como já ocorreu), e não uma ação militar inconstitucional para derrubar o presidente.
A pressão do governo se concentra em substituir os líderes militares que não demonstram lealdade inquestionável por aqueles que apoiam sua agenda.
