8/02/2025

THE MOVEMENT COMO A NOVA DIREITA GLOBAL TENTA ENFRAQUECER A DEMOCRACIA

 

Steve Bannon

The Movement: 

Como a Nova Direita Global Tenta Enfraquecer a Democracia Internacional

Nos últimos anos, o mundo testemunhou uma ascensão coordenada de líderes populistas de direita em várias partes do globo. 

Por trás desse fenômeno não está apenas o acaso político ou o descontentamento popular — há também articulações estratégicas por meio de uma organização chamada The Movement.

Criado pelo polêmico estrategista Steve Bannon, ex-conselheiro de Donald Trump, o movimento busca unificar a direita populista em diversos países com um objetivo central: deslegitimar e enfraquecer instituições democráticas internacionais, como:

1) A Organização das Nações Unidas (ONU) 

2) Organização Mundial do Comércio (OMC).


O Que é “The Movement”?

"The Movement" é uma organização transnacional fundada por Steve Bannon em 2018 com sede inicialmente em Bruxelas, Bélgica — o coração da União Europeia. 

Segundo seus criadores, o objetivo era formar uma espécie de internacional da direita populista, que oferecesse apoio;

1) Ideológico, 

2) Estratégico 

3) Logístico 

A políticos conservadores e nacionalistas ao redor do mundo.

A ideia surgiu como uma resposta direta àquilo que Bannon chama de "globalismo liberal", uma ordem mundial baseada em cooperação multilateral, direitos humanos, meio ambiente e democracia representativa.


Objetivos Declarados e Ocultos

Oficialmente, "The Movement" afirma querer:

  • Defender a soberania nacional contra burocracias internacionais;

  • Apoiar valores “tradicionais”, como família, religião e nacionalismo;

  • Combater o que chama de “ditadura do politicamente correto”.

Na prática, porém, o movimento tem sido acusado de:

  • Sabotar instituições democráticas multilaterais, como a ONU, a OMC, o Parlamento Europeu e até tribunais internacionais;

  • Incentivar o autoritarismo por meio da centralização de poder em líderes populistas;

  • Propagar desinformação, sobretudo durante eleições e crises sanitárias, como a pandemia de COVID-19;

  • Financiar campanhas de extrema-direita, muitas vezes de forma opaca e transnacional.

Quem Está Envolvido?

Vários políticos ao redor do mundo já manifestaram simpatia ou ligação direta com "The Movement". 

Alguns dos nomes mais conhecidos incluem:

  • Viktor Orbán (Hungria) – conhecido por seu autoritarismo e ataques à imprensa livre.

  • Matteo Salvini (Itália) – líder da Liga Norte, partido anti-imigração e eurocético.

  • Eduardo Bolsonaro (Brasil) – apontado como representante do movimento na América Latina.

  • Marine Le Pen (França) – figura central da extrema-direita francesa.

  • Nigel Farage (Reino Unido) – um dos arquitetos do Brexit.

  • Javier Milei da Argentina.

Além disso, "The Movement" tem financiamento e mantém canais com;

1) Diversos grupos religiosos ultraconservadores, 

2) Think tanks de direita, empresa e indústrias

3) Plataformas digitais de desinformação, Google, Facebook, x, Instagram, Rambon, YouTube.


Por Que a ONU e a OMC São Alvos?

As instituições internacionais como a ONU e a OMC são vistas pelo movimento como obstáculos à agenda nacionalista

Isso porque elas:

  • Promovem o direito internacional acima das vontades autoritárias de líderes locais;

  • Fiscalizam violações de direitos humanos;

  • Regulam o comércio internacional, impondo limites à imposição unilateral de tarifas e barreiras.

Para líderes que querem poder absoluto, regras multilaterais são um incômodo

Assim, descredibilizar essas instituições é um passo fundamental para a consolidação de regimes autoritários.


O Brasil no Tabuleiro: O Papel de Eduardo Bolsonaro

Fontes de investigação descobriu que Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi nomeado representante oficial do movimento na América Latina por Steve Bannon. 

Ele participou de diversas conferências com membros do grupo, divulgou suas ideias nas redes sociais e fez articulações com figuras da ultradireita americana e europeia.

Enquanto isso, no Congresso Nacional, Eduardo votou sistematicamente contra projetos que fortalecem o Estado brasileiro, os direitos sociais e o papel internacional do país, em clara sintonia com a agenda de "The Movement".

Riscos Para a Democracia Global

Se “The Movement” conseguir continuar avançando, o mundo pode testemunhar:

  • Retrocesso em direitos civis e sociais em vários países;

  • Isolacionismo econômico, com prejuízos às economias emergentes;

  • Ataques crescentes à liberdade de imprensa e ao funcionamento das instituições judiciais;

  • Desestabilização de organismos multilaterais, enfraquecendo a cooperação internacional frente a desafios como mudanças climáticas, pandemias e guerras.


Resistir é Defender a Democracia

"The Movement" representa um dos maiores desafios à democracia global desde a Segunda Guerra Mundial com a acessão de Adolf Hitler com nazismo na Alemanha e Benito Mussolini com o fascismo na Itália.

Disfarçado de "resgate da soberania", o movimento é, na verdade, uma tentativa coordenada de implodir o sistema democrático liberal construído com base em séculos de luta, tratados e acordos internacionais.

Cabe aos cidadãos, à imprensa livre e às instituições comprometidas com o estado de direito vigiar, denunciar e combater essa ameaça antes que seus efeitos se tornem irreversíveis.

MANCHETE

RELATÓRIOS DE INTELIGÊNCIA SOBRE OPERAÇÃO MILITARES DOS EUA NA VENEZUELA

  Relatórios de Inteligência Levantam Temores Sobre Possível Operação Militar dos EUA na Venezuela Por Detetive Luz – Geopolítica, Inteligê...