Quais Estados dos EUA mais importam do Brasil?
Os dados por Estado específico sobre importações brasileiras são escassos.
Entretanto, os produtos mais importados do Brasil tendem a ser distribuídos por setores concentrados nos Estados com grandes indústrias de alimentos, bebidas e manufatura.
Produtos-chave importados do Brasil incluem:
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Café verde (cerca de 30‑35 % do consumo americano)
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Suco de laranja (aprox. 40‑42 % das importações)
Esses produtos abastecem grandes mercados consumidores como:
1) Califórnia,
2) Texas,
3) Flórida,
4) Nova York,
5) Illinois,
6) Michigan
Outros estados com demanda elevada por alimentos processados, cafés torrados, papel e embalagens industriais.
Boa parte dos café que os americanos bebem em cafeteria, postos de combustível, mercado e supermercado com logomarca da Starbucks entre outras é produzido no Brasil, não nos Estados Unidos.
Tarifas Trump sobre importações brasileiras
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A partir de 1º de agosto de 2025, foi implementada uma tarifa adicional de até 50 % sobre importações brasileiras, totalizando uma carga tributária muito elevada para determinados setores
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Cerca de 700 produtos receberam isenção parcial ou total, como café (café verde?), suco de laranja, aviões, óleos e alguns compostos químicos—o que limita o alcance total da tarifa.
Estimativas das perdas para os Estados Unidos
Consumo americano e inflação
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Consumidores enfrentarão queda no poder de compra com aumento significativo em produtos de consumo direto: café, suco de laranja e carne.
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Estima-se que os custos aumentem entre 0,1 % e 0,2 % no índice de preços ao consumidor (CPI), especialmente nos alimentos básicos.
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O impacto anual por domicílio pode variar entre US$ 1.700 e US$ 2.400, conforme precedentes de tarifas anteriores Trump.
Setores industriais americanos
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Celulose e papel: o aumento repentino das tarifas sobre celulose brasileira ameaça desabastecer mercados de higiene, embalagens e material de escritório. Suzano, major fornecedor do setor, já sinalizou reduções de exportação para os EUA.
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Manufatura de aço e metalurgia: Produtos semi manufaturados do Brasil (pig iron) são usados por siderúrgicas nos EUA; tarifa de até 17,2 % pode elevar custos de produção, reduzir competitividade e encarecer insumos.
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Indústria de aviação e bens de capital: Embraer e outros fabricantes brasileiros exportam aviões e peças. A tarifa de 50 % torna inviável a importação desses produtos, prejudicando montadoras e fornecedores americanos.
Estimativas numéricas de perdas
| Setor / Produto | Estimado de perdas econômicas para os EUA |
|---|---|
| Consumidores (inflacionárias) | US$ 1.700–US$ 2.400 por domicílio ao ano. |
| Indústria de café e OJ | Elevação de preços por carga, claro aumento no custo de torrefação e distribuição |
| Indústria de papel/celulose | Escassez e aumento de custos de matéria-prima, pressionando preço final de papel e produtos de higiene |
| Manufaturas (aço, metal) | Preços mais altos de insumos; atraso na produção e menor competitividade internacional |
| Aviação e bens de capital | Cancelamento de contratos de importação brasileira; impacto em fornecedores americanos. |
Embora não seja possível atribuir perdas específicas por estado, os mais afetados incluem estados com fortes setores industriais e de manufatura como:
1) Michigan,
2) Illinois,
3) Texas,
4) Flórida,
E grandes centros consumidores.
As tarifas de até 50 % sobre produtos brasileiros (como café, carne, aço, papel) afetam diretamente os fabricantes nos EUA e elevam os custos para consumidores, especialmente em café, suco de laranja e produtos industriais.Apesar de parte dos produtos estar isenta, os setores não isentos devem enfrentar pressões inflacionárias, escassez e aumento de preços, que se traduzem em perdas para importadores americanos, indústrias que dependem de insumos brasileiros e consumidores finais.
A perda média por domicílio pode chegar a US$ 2.400 por ano, e as indústrias terão dificuldades em repor o fornecimento por países alternativos a curto prazo
