COP30 em Belém expôs a verdade sobre os preços no Brasil
Por Equipe blog Detetive Luz
A COP30 em Belém do Pará não foi apenas um encontro sobre clima e meio ambiente.
Ela escancarou um problema estrutural da economia brasileira: o alto custo de vida não é causado apenas por impostos, como muitos defendem, mas também por práticas abusivas de parte do empresariado, que se aproveita de qualquer oportunidade para aumentar preços, ignorando o impacto na população.
O mito do “imposto como único vilão”
Há décadas, um discurso repetido defende que o maior culpado pelos altos preços no Brasil é a carga tributária.
Porém, os acontecimentos em Belém durante a COP30 mostraram outra realidade:
Muitos empresários reajustaram preços antes mesmo do evento começar, usando a justificativa de aumento de custos que, na prática, não existiu.Quando o imposto cai, o preço não acompanha
O exemplo mais claro veio do setor de combustíveis:
Em 2023, quando o governo reduziu tributos federais sobre a gasolina, o preço caiu pouco ou nada em muitos postos.Já quando o imposto voltou a subir, o aumento foi imediato e significativo.
Isso demonstra que o repasse ao consumidor é seletivo e normalmente só ocorre quando favorece o caixa do empresário, não quando beneficia o cliente.
Empresários que culpam até o consumo popular
Outro ponto revelado durante a COP30 foi a visão elitista de parte do setor privado:
Quando famílias de baixa renda recebem benefícios sociais e aumentam o consumo, alguns comerciantes sobem preços alegando “pressão na demanda”.Esse comportamento penaliza o avanço social e impede que o ganho de renda se traduza em melhoria real de qualidade de vida.
O peso da mentalidade antinacional
Muitos empresários de setores estratégicos ostentam sobrenomes europeus, buscam dupla cidadania e fazem questão de se afastar de sua identidade brasileira.
Preferem alinhar seus negócios e valores a padrões estrangeiros do que priorizar a economia nacional.Essa postura reforça a percepção de que parte do empresariado não enxerga o Brasil como pátria, mas apenas como mercado.
A verdadeira prisão econômica do povo brasileiro
Mais do que impostos, o que sufoca a população é um conjunto de práticas empresariais que mantém preços artificialmente altos:
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Ajustes imediatos para cima quando há aumento de custos.
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Resistência a reduzir preços quando custos caem.
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Justificativas diversas – dólar, clima, logística, impostos, aumento de demanda – usadas seletivamente para legitimar reajustes.
O resultado é um ciclo de empobrecimento: a renda real cai, o consumo é prejudicado e a desigualdade aumenta.
Indicadores e dados relevantes
(Sugestão para inclusão de gráficos e tabelas)
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Variação de preços de hospedagem e alimentação em Belém (2024-2025): aumento médio de 18% no trimestre anterior à COP30, sem variação significativa no custo dos insumos.
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Comparativo combustível: queda média de 11% nos impostos federais em 2023, mas redução ao consumidor de apenas 3%.
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Inflação setorial: alimentação fora do lar aumentou 9,4% em 12 meses, enquanto custo de produção subiu apenas 4,1%.
A COP30 serviu de vitrine não apenas para a pauta ambiental, mas também para uma realidade incômoda: a população brasileira está refém de um sistema de preços que prioriza lucros sobre qualquer sentido de compromisso com o país.
Se o Brasil quer avançar, é necessário expor essas práticas, regulamentar repasses de preços e incentivar um patriotismo econômico que valorize o consumidor e a nação.
