7/26/2025

ARRECADAÇÃO TARIFÁRIA DOS ESTADOS UNIDOS

 

TARIFAS americana

A Arrecadação Tarifária dos EUA:

 Um Cenário Complexo e Seus Impactos

Desde 2018, os Estados Unidos têm utilizado tarifas de importação como uma ferramenta de política comercial, visando proteger indústrias domésticas e renegociar termos de comércio. 

Essa estratégia, intensificada em períodos recentes, tem gerado bilhões de dólares em receita para o Tesouro americano, mas também provoca ondas de impacto econômico global.


A Escalada das Tarifas e a Arrecadação

A imposição de tarifas sobre produtos como aço, alumínio e uma vasta gama de bens chineses, e mais recentemente a ameaça de tarifas universais ou retaliatórias sobre outros parceiros comerciais (incluindo o Brasil), tem demonstrado o poder de Washington de influenciar os fluxos comerciais.

Relatórios recentes indicam uma arrecadação crescente com essas taxas alfandegárias. 

Em junho de 2025, por exemplo, a receita bruta com tarifas aduaneiras dos EUA bateu um recorde de US$ 27,2 bilhões

Projeções otimistas do governo americano chegam a prever uma arrecadação total de US$ 300 bilhões em tarifas para o ano de 2025, o que representaria um aumento exponencial em relação aos níveis anteriores e aos ganhos tarifários de anos passados.

Essa arrecadação ocorre principalmente de duas formas:

  1. Tarifas de "Segurança Nacional" (Seção 232): Impostas sobre importações de aço e alumínio, com alíquotas que têm sido ajustadas, inclusive com elevações para 50% em alguns casos.

  2. Tarifas sobre a China (Seção 301): Fruto da guerra comercial iniciada em 2018, com alíquotas que chegaram a patamares elevados (em alguns momentos superando 100% ou 145% em determinados produtos), apesar de haver acordos para reduções em certas categorias.

  3. Tarifas "Recíprocas" ou Universais: A ameaça de tarifas de 10% a 50% sobre quase todos os parceiros comerciais, dependendo das tarifas que esses países cobram sobre bens americanos.


Quem Paga a Conta?

Embora as tarifas sejam arrecadadas pelo governo dos EUA, a questão crucial é quem realmente arca com o custo. 

Economistas amplamente concordam que, na maioria dos casos, são os importadores americanos que pagam as tarifas, e esses custos são frequentemente repassados aos consumidores dos EUA na forma de preços mais altos.

Isso significa que, enquanto o governo americano arrecada bilhões, o ônus econômico é sentido pelos cidadãos e empresas americanas que consomem ou utilizam os produtos tarifados como insumos.

Impactos Econômicos para Outros Países

As tarifas americanas têm reverberações significativas em outros países:

  • Redução de Exportações: Países como a China, o Brasil e membros da União Europeia veem suas exportações para os EUA encarecerem, o que pode levar a uma queda no volume de vendas e impactar suas balanças comerciais. O Brasil, por exemplo, que tem nos EUA um de seus principais mercados, pode enfrentar uma redução de até 0,16% no PIB devido ao "tarifaço" americano, e a China, apesar das tarifas elevadas, conseguiu exportar o triplo do que importou dos EUA no primeiro semestre de 2025, em parte devido a políticas para aquecer o consumo interno.

  • Retaliações Tarifárias: Muitos países retaliaram as tarifas dos EUA com suas próprias tarifas sobre produtos americanos, criando um ciclo vicioso de "guerra comercial". A China, por exemplo, elevou suas tarifas contra os EUA para até 84% e, em certos momentos, a 125%, em resposta às ações americanas.

  • Reorganização das Cadeias de Suprimentos: Empresas globais são forçadas a reavaliar suas cadeias de suprimentos, buscando fornecedores em países sem tarifas ou investindo em produção doméstica para evitar os custos adicionais.

  • Incerteza Econômica Global: A volatilidade e a imprevisibilidade das políticas tarifárias geram incerteza nos mercados internacionais, o que pode desestimular investimentos e desacelerar o comércio global.

  • Impacto Setorial: Setores específicos em países exportadores são particularmente atingidos. No Brasil, o setor de café, carne bovina e eletroeletrônicos, que têm os EUA como principal destino, são mencionados como os mais impactados por novas tarifas de 50%.

A arrecadação dos EUA com tarifas é, de fato, substancial e crescente. 

No entanto, é fundamental analisar essa receita não isoladamente, mas como parte de uma estratégia comercial que impõe custos significativos tanto para os próprios consumidores e indústrias americanas quanto para os parceiros comerciais dos EUA. 

O cenário atual demonstra a complexidade da política tarifária e seus efeitos de longo alcance na economia global.


Você gostaria de explorar mais sobre como as empresas americanas de outros setores são afetadas por essas tarifas?

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